Arte,  Enviado pelo leitor

Arte: Priscila Roque e sua monografia #1

Sei que muitos de vocês adoram a seção ARTE do blog, pensando nisso, convidei minha amiga Priscila Roque (conhecida como Prijam) para contar um pouco sobre o desenvolvimento e o processo criativo de sua monografia da pós-graduação, que envolve o que mais amamos: cachorros!

Os posts serão divididos em seis partes. Portanto, durante seis semanas, teremos posts da Priscila Roque por aqui! Espero que gostem bastante!!! :)

Pri, obrigada pela colaboração! ;)

Cães

Pesquisar sobre cães é uma obsessão minha. Em 2004, quando fiz meu primeiro estágio em um laboratório fotográfico, aprendi noções de luz, de enquadramento e de tratamento de imagens. Na primeira oportunidade que tive de fazer um ensaio, escolhi cães como tema. Desde a infância, já carregava uma paixão sobre eles e achei que, por conhecer bem esse universo, poderia obter um bom resultado.

Foto do primeiro ensaio de Priscila RoqueFoto do primeiro ensaio de Priscila RoqueFoto de Priscila Roque
Foto de Priscila RoqueFoto de Priscila RoqueFoto de Priscila Roque
Fotos de Priscila Roque (Clique para ver maior)

Sem muito embasamento teórico, encontrei vira-latas nas ruas e cães de raça nos parques. Essa divisão só foi perceptível a mim quando entrei no laboratório para revelar e ampliar as fotos. O curioso foi reconhecer que isso é um ponto estético a ser ressaltado.

Elliott Erwitt

Com o salário inicial do laboratório, passei em uma livraria em busca de uma obra que pudesse me encher de inspiração. Foi aí que, sem indicação nenhuma, cruzei com o livro “Dog Dogs”, do fotógrafo francês (radicado nos Estados Unidos) Elliott Erwitt. Aquela obra, com mais de 800 fotos de cães, parecia só uma maneira de completar o pequeno espaço vazio que sentia no início da minha carreira profissional.

A surpresa veio mais tarde, quando passei a fotografar cães demasiadamente. Por conta disso, consumi, cada vez mais, livros sobre o assunto. Os anos me abriram um novo caminho: admirar a figura do cão também nas artes plásticas.

No meio dessa trajetória, não deixei Elliott Erwitt de lado. Quando descobri que ele era um fotógrafo vivo e renomado, o elegi como ponto de partida oficial deste mundo que mergulhei.

Elliott ErwittElliott Erwitt
Elliott ErwittElliott Erwitt
Fotos do livro “Dog Dogs” de Elliott Erwitt

Estudo

Ao ingressar na Pós-Graduação de Jornalismo Cultural, já sabia que os cães estariam em meu estudo final de alguma forma. Durante a época do curso, este fotógrafo veio ao Brasil para um encontro com profissionais e amadores na “SP-Arte/Foto” 2009. Foi neste dia, quando fiquei frente a frente com um cara tão importante para o meu repertório fotográfico, que tive a certeza que o Elliott seria o meu objeto de pesquisa. Levei um dos livros que possuo para pedir um autógrafo. A tremedeira, que tomou conta do meu corpo naquele instante, foi a responsável por eu não ter desistido do projeto.

Dificuldades

Busquei a orientação de professores de áreas diversas e até de alguns especialistas com conhecimentos de fotografia. Parte deles não me estimulou e indicou novos temas e abordagens. Persisti neste tópico e decidi encarar o desafio para entender porque essa figura é tão forte no hobby de Elliott e porque esse universo se tornou uma de suas principais marcas. Escrever sobre fotos de cães ultrapassou o meu gosto pessoal. Com uma idéia mais clara e muito material nas mãos, embarquei na monografia.

Créditos: Elliott Erwitt

Os Cães de Elliott Erwitt“, por Priscila Roque.
Estudo de conclusão de curso da Pós-Graduação em Jornalismo Cultural da FAAP (2010).
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