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Arte: Priscila Roque e sua monografia #3

Esse post faz parte da monografia “Os Cães de Elliott Erwitt“, produzida por Priscila Roque, como estudo de conclusão de curso da Pós-Graduação em Jornalismo Cultural da FAAP (2010).

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Recorte: raças na história da humanidade

No final do século XIX, foram criadas duas organizações importantes para o assunto: o British Kennel Club, na Europa, em 1873, e o American Kenel Club, nos Estados Unidos, em 1876. A partir daí, começaram a surgir estudos voltados para a figura do cão nas artes plásticas e, posteriormente, na fotografia, com a finalidade de catalogar a história do cão inserido na história do mundo. Esses órgãos existem até hoje e são responsáveis pela padronização das raças caninas.

Nesta mesma fase, o cão se popularizou como animal de estimação. Não eram mais somente as famílias com alta renda que possuíam um animal. Na verdade, somente os cães vistos como "raça pura" permeavam a alta sociedade. Os vira-latas passaram a ser separados e dispensados – tornando assim, animais de estimação de pessoas com menor poder aquisitivo. Não é à toa que o cão sem raça definida é um animal que enfrenta qualquer tipo de condição ambiental e é altamente resistente às doenças. O contrário não acontece com diversos cães de raça – que exigem mais cuidados e mais dinheiro para que ele seja mantido dentro do padrão.

Elliott Erwitt Elliott Erwitt
Figura 1: "Eos" (1841), de Edwin Landseer (Fonte)
Figura 2: "A Distinguished Member of the Humane Society" (1838), de Edwin Landseer (Fonte)

Indiferentemente da família em que estava contido, esse carinho e essa popularidade do bicho constam nas obras da época, que seguem até os dias de hoje. O homem passou até a conhecer melhor o cão e treiná-lo para shows, por exemplo. O cachorro começou a ser tema de pinturas como uma forma de homenagem, de perpetuação. Agora, eles têm nome, vida própria e sangue correndo nas veias. Como exemplo, temos algumas obras de Edwin Landseer, que ficou conhecido na arte inglesa por suas pinturas e esculturas de cães no século XIX.

Atualmente, William Secord, diretor e fundador do The Dog Museum, mantido pelo American Kennel Club, e dono da "William Secord Gallery" – local em que expõe somente obras relacionadas com cães, é um dos maiores nomes do assunto. As pinturas de cães com raça pura já ganharam até um estudo paralelo ao histórico citado acima. Secord já publicou diversos livros sobre com assunto com o objetivo de entender a evolução e características de cada uma das raças existentes. São eles: "Dog Painting: A History of the Dog in Art", "Dog Painting, The European Breeds", e "A Breed Apart, The Art Collections of The American Kennel Club and The American Kennel Club Museum of The Dog", além de co-autor do "Best in Show, The Dog in Art from the Renaissance to the Present".

Fontes: The Dog: 5000 Years of the Dog in Art / Dog Painting – A history of the dog in art

Os Cães de Elliott Erwitt“, por Priscila Roque.
Estudo de conclusão de curso da Pós-Graduação em Jornalismo Cultural da FAAP (2010).
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